domingo, 22 de julho de 2012

Seu limite é ideal?

Limite é aquele negócio que te segura, te freia e não faz com que você meta os pés pelas mãos.


Já vi várias pessoas se queixando que seu limite não é suficiente. Mas... quanto seria suficiente (e ainda seguro)? Os seus são suficientes?


Quando estamos diante dos nossos objetos de desejo (sejam roupas, eletrodomésticos, móveis, uma moto, um carro...) nós perdemos a racionalidade. Agimos e pensamos muito mais com o coração e não olhamos muito para dentro da carteira - será que posso comprar? - é aí que o limite ajuda, mas não faz milagres.


As lojas estipulam os limites baseadas em vários cálculos estatísticos - e podem usar diversas informações para isso, desde o seu comportamento como pagador até, por exemplo, a sua idade. Às vezes elas te dão mais limite do que você precisa, em outras te dão menos do que você gostaria. Mas elas não estão no seu dia a dia e por isso não sabem o que você tem para pagar além das contas que você deve para ela, a única pessoa que sabe disso é você. Ou seja, ela te limita um pouco, mas ela não consegue te dar a segurança necessária. É a mesma coisa quando você dirige na estrada. O governo te fala "Olha, você não pode ultrapassar 100km/h nessa rodovia pela sua segurança". Mas quem está dirigindo o carro é você, então se você quiser acelerar, você ultrapassa a velocidade... e se quiser não usa nem o cinto de segurança! Salve-se quem puder!

Por isso você precisa usar os limites como seus aliados e não se basear apenas nisso para saber se você pode comprar certa coisa ou não. "Não tenho limite para comprar essa geladeira", mas você tem renda para isso? Essa deveria ser a pergunta.
O princípio básico é não gastar mais do que se recebe. Ou seja, além de caber no limite, a geladeira que estamos usando aqui nesse exemplo também deve caber no seu orçamento mensal.
O limite tem que ser aquele número que coloca os seus pés no chão, caso você esteja voando. Mas como eu disse, não deve ser a única coisa, porque, se você quer saber, tem muito limite mal calculado por aí também, não pense que eu acho os limites corretíssimos. Tem lugar que dá corda demais para você se enforcar... tem outros que seguram tanto, que você nem consegue ver a corda direito. Mas o lance do limite é que ele vai se adequando: ele aumenta e diminui conforme o que você faz com ele.


Se você somar todos os limites que tem na praça (bancos, lojas etc.) verá que tem um limite mensal muito superior ao que você ganha. O que quer dizer que se você quisesse poderia fazer um baita estrago, certo? O mercado está consciente disso e por isso, às vezes, te segura um pouco com o limite. E aí você fica triste... Mas não fique não, afinal, eles estão ali por algum motivo.
Em finanças não há coisa melhor do que conseguir honrar seus compromissos. Não é péssimo chegar no fim do mês e ter mais contas para pagar do que dinheiro para bancar? É preciso saber consumir e ter os pés no chão nessa hora. Por isso, olhe para seus limites com bons olhos e os encare como "os anjinhos" do consumo, que te dizem "vai com calma" enquanto o diabinho diz "se você usar nosso crediário, eu posso te parcelar em até 24 vezes". Cuidado! Pensa no quanto você ainda tem sobrando no mês para gastar e no seu limite, e aí sim, boas compras!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Renda variável: como administrar?

Gráfico: azul é a renda real e o vermelho é a meta de renda.
Note que o desempenho dos meses de janeiro e abril
foram inferiores ao esperado.
Você que não recebe a mesma quantia fixa todo mês tem o que é chamado de renda variável. O bom dela é que está baseada no seu desempenho durante o mês: se você trabalhou muito e teve êxito, você receberá por isso. Mas, às vezes, não depende apenas de você, não é mesmo?


Se você é revendedora de cosméticos, por exemplo, depende da disponibilidade das suas clientes em gastar com aquilo todos os meses. Terão meses que você venderá muito bem os seus cremes e maquiagens, mas terão outros em que você estará desesperada para encontrar mais clientes para vender... isso é a renda variável: em um mês é bom mas no outro pode não ser tanto assim.


Por outro lado as nossas despesas são praticamente fixas (e ainda tem as variáveis adicionais - aqueles gastos que você não estava prevendo, como um passeio ou um casaco). Todo mês você tem aquele valor mais ou menos certo para pagar de conta de água, de luz, telefone, aluguel, prestações... é coisa que não acaba mais!


Então como fazer para equilibrar isso tudo?


A primeira coisa que você deve fazer é entender o que é um mês bom, o que que é um mês médio e o que é um mês ruim de recebimento. Por exemplo: você chega a conclusão que R$ 700 é o que você recebe num mês comum de vendas e que é suficiente para pagar as suas contas. Se receber num mês R$ 500 estará abaixo do seu previsto e, consequentemente, sua renda daquele mês será comprometida. Se receber R$ 1.000 você dará pulos de alegria e vai considerar um mês super bom, pois você excedeu as suas expectativas! E logo sairá para comemorar o bom desempenho e gastar o dinheiro, certo? Errado!


Você tem que pensar que a sua constante é o R$ 700... E o que você faz a mais em alguns meses deve servir para cobrir possíveis meses ruins. Sendo assim, a idéia é no mês que você receber R$ 1.000 não fique super empolgada e saia gastando! Você precisa ter a consciência de que esse adicional deverá ser "guardado" e mantido disponível para tapar eventuais buracos no futuro...
E conforme você for evoluindo no seu negócio, vai mudando o seu patamar. Nesse ano a sua média é R$ 700, mas no próximo, ou porque você conseguiu mais clientes, ou por ter expandido o seu negócio ou por estar cobrando mais caro ou por qualquer outro motivo, a sua média pode passar a ser R$ 800. Mas a lógica deve continuar a mesma.


Pensar assim é importante, afinal, quando se trata de finanças a gente tem que ter a cabeça fria e estar preparada para qualquer imprevisto. Assim evitamos ações desesperadas e preocupações desnecessárias.


Crie a sua meta média e tente superá-la a cada mês! Faça um acompanhamento do seu desempenho mensal numa planilha ou num caderno. É importantíssimo você ter esse comparativo e se auto-avaliar.


Me escreva com suas dúvidas!

O ponta pé inicial!

Todos passamos por momentos de aperto... aquelas épocas em que não conseguimos equilibrar nossas finanças. Pode ser por muito gasto ou por pouco ganho... não importa! É inevitável.

Esse blog é para te ajudar a sair de qualquer má situação financeira que você esteja.

O objetivo é dar dicas de uma maneira simplificada e usar exemplos reais... por isso, sintam-se livres para me escrever com dúvidas, pedidos de conselhos, ansiedades, problemas... Farei o possível para ajudar e te tirar qualquer eventual preocupação!